Na busca em cuidar da saúde mental, muitas pessoas perguntam sobre a diferença entre Terapia e Psicoterapia. “Terapia” é um termo amplo que abrange qualquer tratamento voltado ao bem-estar. Já a psicoterapia, realizada por médicos e psicólogos clínicos, é uma atividade clínica com regras éticas, fundamentos teóricos e validações científicas. Ela proporciona um espaço para expressar e abordar queixas, sendo crucial no tratamento do sofrimento psicológico. Atualmente, reconhecem-se alguns tipos de psicoterapia, distintos das práticas sem relação com a clínica ou fundamentos teóricos sólidos. No Brasil, muitos profissionais usam o termo “Psicoterapeuta” devido à falta de regulamentação específica. A psicoterapia busca o autoconhecimento e a gestão de crises, recomendando-se a assistência de psicólogos e, em alguns casos, psiquiatras. Suas principais vantagens incluem o bem-estar mental e emocional, dependendo da cooperação entre cliente e profissional.

Esta dúvida é comum na informalidade da profissão. A decisão entre consultar um psicólogo ou um psiquiatra depende da natureza dos seus problemas e necessidades individuais. Consulte um psicólogo se estiver enfrentando dificuldades emocionais e relacionais que interferem na sua vida diária, se precisar de apoio para lidar com estresse, ansiedade, depressão, traumas, questões de relacionamento ou luto. Ainda se desejar explorar questões pessoais mais profundas e desenvolver habilidades para lidar com os desafios da vida. Não precisamos aguardar por momentos de crise ou desespero para buscar auxílio – quanto mais cedo buscarmos ajuda, mais eficaz será a resolução das dificuldades. Contudo, se estiver experimentando sintomas psiquiátricos graves, como alucinações, delírios, sintomas de transtornos mentais graves; ou se necessitar de avaliação e prescrição de medicamentos psicotrópicos para tratar condições mentais específicas, consulte um médico psiquiatra.  É importante entender que psicólogos e psiquiatras têm formações e abordagens diferentes, mas muitas vezes trabalham em conjunto para fornecer o melhor cuidado possível para os pacientes. Se não tiver certeza sobre qual profissional procurar, pode começar consultando um dos dois e, se necessário, será encaminhado para o outro conforme a avaliação da situação.

A duração da terapia varia de pessoa para pessoa, sendo que cada sessão é adaptada às suas características individuais e às suas necessidades específicas. Iniciar psicoterapia é uma escolha que abre as portas para inúmeras oportunidades de mudança. 

É fundamental iniciar selecionando um psicólogo credenciado e registrado no Conselho Federal de Psicologia (CFP), garantindo sua capacidade de trabalhar de forma adequada consigo. Examinar o perfil profissional do terapeuta pode ser útil na tomada de decisão. Vale ressaltar que não existe uma idade definida para começar a terapia, contanto que você esteja aberto a embarcar em um processo de autoconhecimento e desenvolvimento pessoal.

*O CFP disponibiliza no link https://site.cfp.org.br/ o menu Serviços/ Cadastro Nacional de Profissionais de Psicologia, através do qual pode encontrar uma psicóloga pesquisando pelo Nome e o Estado de inscrição da profissional. 

A Gestalt-terapia é uma abordagem humanista que prioriza a consciência e a responsabilidade pessoal para promover o crescimento emocional e o bem-estar. Focada no cliente e no momento presente, incentiva a totalidade da experiência atual e a integração da autoconsciência e das relações interpessoais. O terapeuta e o cliente colaboram para explorar e compreender os processos internos, como pensamentos, emoções, sensações corporais e padrões de comportamento, ajudando a identificar e transformar padrões disfuncionais para aumentar a autoconsciência e a autenticidade. Em resumo, a Gestalt-terapia envolve criar um espaço terapêutico seguro e colaborativo, onde os clientes podem explorar, crescer e se transformar, visando uma vida mais satisfatória e consciente.

Se você nunca participou de uma sessão com uma psicóloga, é natural ter algumas dúvidas sobre o que esperar: precisarei falar muito? Terei que discutir minha infância? Serão feitas muitas perguntas? Será muito diferente conversar com um amigo? Vou me sentir à vontade? Destaco que as primeiras sessões são essenciais para avaliar o nível de empatia com a psicóloga, momento em que o consulente pode compreender se a abordagem e intervenções da profissional são significativas para ele. Essas sessões também proporcionam a oportunidade de esclarecer quaisquer dúvidas e determinar o nível de conforto e confiança na terapeuta.

Sim, os psicólogos clínicos devem seguir rigorosamente as diretrizes de sigilo e confidencialidade estabelecidas no Código de Ética Profissional do Psicólogo (2005)¹. Contudo, há situações específicas em que o psicólogo pode necessitar compartilhar informações, mantendo sempre a integridade ética e legal. Isso inclui casos em que as ações do cliente representem perigo para si mesmo ou para terceiros, quando há exigência legal para fornecer informações ou quando o paciente solicitar documentos para fins legais. Em qualquer momento, a questão da confidencialidade e suas limitações pode ser discutida com o terapeuta, garantindo transparência e entendimento mútuo.

¹https://site.cfp.org.br/wp-content/uploads/2012/07/codigo-de-etica-psicologia.pdf

Embora muitas pessoas lidem bem com desafios diários, às vezes enfrentamos situações além de nossas capacidades. A psicoterapia oferece um espaço seguro para explorar pensamentos, sentimentos e comportamentos. Um psicoterapeuta qualificado pode ajudar a identificar padrões prejudiciais e fornecer novas perspectivas. Além disso, oferece ferramentas e estratégias práticas para enfrentar desafios futuros, investindo no bem-estar emocional a longo prazo. Buscar ajuda profissional não significa incapacidade, mas disposição de utilizar recursos adicionais para uma vida mais satisfatória e equilibrada. Iniciar psicoterapia não indica fraqueza, mas sim coragem.